quarta-feira, 31 de maio de 2017

Vêm aí os exames: Dicas para estudar melhor, segundo a ciência

Com a época de exames à porta, reunimos 17 recomendações de cientistas para um estudo com melhores resultados.
Fonte: Visão, 27/05/17
A época de exames é a pior altura do ano para qualquer estudante. São noites sem dormir, refeições fora de horas e uma sensação horrível de tanto estudar e nada saber. Para prevenir que chegue a este desespero, reunimos 17 dicas aprovadas por cientistas para fazer o seu estudo render. Confira:

Aprenda a mesma coisa de maneiras diferentes

Em 2008, um estudo provou que diversos meios estimulam diferentes partes do cérebro. É mais provável que entenda e interiorize a informação se tiver mais partes do cérebro ativas. Por isso utilize diferentes meios para estudar, hoje leia as suas notas, no outro dia leia o manual, no outro veja apontamentos online, por aí fora.

Estude várias disciplinas no mesmo dia

É mais eficiente estudar diferentes matérias num dia, do que atirar-se de cabeça a apenas uma ou duas. Porquê? Porque, segundo Doug Rohrer, é provável que confunda informação semelhante se estudar muito da mesma disciplina num dia.

Reveja a informação periodicamente

Um estudo de 2008 prova que rever a informação periodicamente é essencial se quiser mover a informação da sua memória a curto prazo para a sua memória a longo prazo. Rever informação também impede que acumule matéria.

Sente-se nos lugares da frente da sala de aula

Estudos mostram que os estudantes que se sentam nos lugares da frente têm tendência a ter melhores notas. Ao escolher estes lugares, vai conseguir ver e ouvir os professores melhor, o que melhorará a sua concentração.

Não faça muitas coisas ao mesmo tempo

Os estudos não enganam: fazer muitas coisas ao mesmo tempo tornam-no menos produtivo e mais distraído. Bons estudantes focam-se numa só coisa ao mesmo tempo. Por isso não tente estudar enquanto vê televisão, responde a mensagens e verifica o que se passa nas redes sociais.

Simplifique e resuma

Está provado que utilizar técnicas mnemónicas aumenta a capacidade de aprender. Por exemplo, se tem que saber uma longa lista de conteúdos, decore as iniciais e construa frases do seu dia-a-dia que o poderão ajudar a assimilar a matéria. Faça também resumos, diagramas e mapas mentais. Estas técnicas permitirão que aprenda a informação muito mais depressa.

Tome notas à mão

Um estudo conduzido por dois professores, um da Universidade de Princeton e outro da Universidade de Los Angeles, prova que utilizar o computador para tomar notas não só aumenta as hipóteses de se distrair, como também torna a aprendizagem muito menos eficaz, mesmo que o utilize só para este fim. Estudantes que tomam notas à mão, processam e reformulam a informação enquanto os estudantes que utilizam o computador escrevem palavra a palavra o que os professores dizem, sem processaram a informação antes.

Anote as suas preocupações

Numa experiência, investigadores da Universidade de Chicago descobriram que estudantes que escrevem os seus pensamentos sobre um exame durante 10 minutos, têm melhores notas do que estudantes que não o fazem. A psicóloga Kitty Klein também provou que exprimir as preocupações do exame, aumenta a memória e a capacidade de aprender.
Para estar menos ansioso em relação a um exame, tire 10 minutos e escreva tudo o que o preocupa sobre a avaliação. Um simples exercício que o ajudará a melhorar as suas notas.

Teste-se a si mesmo periodicamente

Décadas de estudos provaram que testar-se a si mesmo é essencial se quiser aumentar a sua performance académica.
Num estudo, o psicólogo Keith Lyle ensinou o mesmo curso de estatística a dois grupos de estudantes. No primeiro grupo, Lyle pediu aos alunos para completar um teste de 4 a 6 perguntas no fim de cada aula. O teste era baseado na matéria dada em aula. No segundo grupo, o psicólogo não deu nenhum teste aos estudantes. No fim do curso, Lyle descobriu que o primeiro grupo teve melhores notas que o segundo grupo no fim dos exames.

Faça uma ligação entre o que aprendeu com o que já sabe

Os cientistas Henry Roediger III e Mark A. McDaniel explicam que quanto mais associar novos conceitos a conceitos que já conhece e entende, mais facilmente aprende a nova informação. Pode custar um pouco fazer essa conexão, mas o investimento vale a pena.

Leia a informação em voz alta

Estudos mostram que ler a informação em voz alta ajuda os alunos a aprender mais rápido do que se a lerem em voz baixa. Quando lê a informação em voz alta, consegue vê-la e escutá-la e quando a lê em voz baixa, só a consegue ver. Não é muito prático ler toda a informação em voz alta, por isso recomendamos que faça um resumo com as informações-chave.

Faça pausas

Fazer pausas regulares no estudo, melhora a produtividade e ajuda-o a concentrar-se.
Não é boa ideia trancar-se no quarto a estudar horas a fio. Faça pausas de 5 a 10 minutos por cada 40 minutos de estudo. Durante as pausas, tente não utilizar o seu telemóvel ou computador, uma vez que estes impedem o seu cérebro de relaxar totalmente.

Incentive-se a si mesmo

Antes de começar uma sessão de estudo, estabeleça uma recompensa por completar essa sessão. As recompensas podem ser algo simples como comer um chocolate ou tomar um longo banho. Ao fazê-lo irá estudar melhor e aprender mais depressa, mostra um estudo de 2006.

Coma frango e ovos

Uma equipa de investigadores da Universidade de Boston conduziu um estudo em 1400 adultos durante 10 anos e descobriram que os participantes que tinham uma dieta alta em colina, vitamina B, tinham uma melhor performance em testes. A colina é essencial para a formação de novas memórias, e está muito presente em ovos e galinhas.
Se for vegetariano, pode incluir a colina na sua dieta ingerindo os seguintes alimentos: Lentilhas; Sementes de girassol e abóbora; Amêndoas; Couve; Couve-flor; Brócolos

Beba pelo menos 8 copos de água por dia

Não beber a quantidade diária suficiente de água é prejudicial ao cérebro. Investigadores da University of East London descobriram que o poder que o cérebro tem de processar informação decresce quando está desidratado. Outros estudos provam que a desidratação faz com que a massa cinzenta do cérebro encolha. Beba no mínimo 8 copos de água por dia e traga sempre consigo uma garrafa de água. Durante um exame, beba água a cada 40 minutos.

Faça exercício

O exercício físico é bom para o corpo e para o cérebro.
Vários estudos mostram que exercitar melhora a memória e o funcionamento cerebral. Por isso, faça exercício pelo menos três vezes por semana durante 30 a 45 minutos. Estará mais saudável, e lembrar-se-á melhor da informação aprendida.

Durma

Este é o passo mais importante e o mais ignorado pelos estudantes. Estudos provam que se dormir o tempo suficiente, 8 horas diárias, estará mais concentrado, irá aprender mais depressa, e a sua memória melhorará. Também o ajudará a lidar com o stress com mais facilidade. Além disso, a especialista do sono Dan Taylor diz que aprender a matéria mais difícil antes de se deitar faz com que se lembre dela com mais facilidade no dia seguinte.
Não faça noitadas de estudo. Um estudo da psicóloga Pamela Thacher mostra que estudantes que passam noites a estudar têm resultados mais baixos e cometem mais erros por distracção.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Há uma nova forma de falar sobre o racismo em português


A palavra racismo é polissémica, escrita e pronunciada em muitas línguas, mas será que já pensou em abordar este assunto numa única plataforma feita em língua portuguesa? A pensar nisso, um site concebido pelo jornal português Público e em colaboração com a Fundação Francisco Manuel dos Santos traz uma forma inusitada de falar sobre o racismo.

Com destaque para cinco países: Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, o portal mostra cinco viagens, cinco reportagens e mais de 100 entrevistas que contam como foi a presença portuguesa nas suas antigas colónias.

Joana Gorjão Henriques, uma das mentoras da iniciativa, aborda sobre o lado esquecido do colonialismo afirmando que mais do que fazer julgamentos sobre se o que as pessoas contaram estava certo ou errado, interessou ouvir o que sentem e como olham para a discriminação racial exercida pelos portugueses durante o colonialismo e que cicatrizes permanecem.


Descubra aqui o portal e aprenda sobre o racismo na nossa língua.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Ensine o seu filho a gostar de ler. É tão bom

Sabia que a leitura começa muito antes de se aprender a ler na escola? A literacia, como capacidade para descodificar e compreender informação escrita, pode ser promovida lendo, mas também escutando a leitura do outro e conversando sobre os livros. E quanto mais cedo, melhor. 
 Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.
Está provado que «ler com» e «ler para» os filhos é a atividade por si só com maior impacto para o desenvolvimento das funções da linguagem e para a construção de alicerces sólidos para as aprendizagens escolares. Na verdade, mais de 90% da maturação do cérebro ocorre nos primeiros seis anos de vida, razão pela qual não será de estranhar que este seja um período-chave para introduzir hábitos de leitura com todos os benefícios ao nível da linguagem, da criatividade e do pensamento lógico que dela advêm.

A linguagem dos livros é geralmente mais elaborada e rigorosa do que a falada. Ter contacto desde cedo com este cuidado e sofisticação tem invariavelmente impacto no desenvolvimento. Desta forma, pais que leem para os filhos dão-lhes a oportunidade de descobrir novas palavras e de aprender mais sobre a linguagem escrita e a sua função. Provavelmente já todos os pais sabem que ler para os filhos é importante mas não será assim tão intuitivo saber como ler em conjunto.

A leitura em conjunto deve ser uma experiência de partilha e afeto para a qual deve haver total disponibilidade. Por isso, desligue a televisão, afaste o telemóvel e envolva-se. Durante dez ou vinte minutos esteja presente e envolvido. Pretende-se em primeiro lugar que o seu filho, que ainda não sabe ler, possa ter uma participação o mais ativa possível. Leia com expressividade, aponte, comente e peça a opinião da criança.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

José Sebastião e Silva, matemático e pedagogo português



A 25 de maio de 1972 falecia José Sebastião e Silva.

O matemático e pedagogo português José Sebastião e Silva, um dos maiores, se não mesmo o maior vulto português na área da Matemática e do Ensino da Matemática neste século XX.


Em termos gerais, Sebastião e Silva teve relativamente ao Ensino da Matemática uma visão globalizante capaz de compreender o que se passava desde o Ensino Primário ao Ensino Superior. Via a Matemática não como um conjunto de técnicas a dominar mas como um meio de conseguir a formação integral de um cidadão. Como referia A. Franco de Oliveira (ver "Ensino da Matemática - Anos 80", SPM, 1982, pg. 162): "uma directriz essencial do projecto de modernização veiculado por José Sebastião e Silva: dar ao estudante uma visão do porquê, a par do como se faz." Contudo, nem sempre as suas ideias foram bem compreendidas, tendo os seus "Compêndios de Álgebra" e a Reforma da Matemática Moderna sido bastante criticados.

Aqui fica o endereço onde podem ser encontrados alguns dos seus manuais digitalizados.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Afonso Cruz, Mar



“Levei o homem, apesar da sua resistência, a ver o mar. Jamais esquecerei a cara dele, os olhos, a boca, as mãos, quando a paisagem marítima lhe bateu no rosto. Amparei-o nos meus braços enquanto ele tentava dizer alguma coisa, enquanto a sua boca abria e fechava com a língua emaranhada, os olhos encardidos de horizonte. É, na nossa vida, completamente desnecessário ter qualquer proximidade com o ...mar, mas a sua simples visão provoca alterações profundas na alma. Creio que, tal como o resultado de uma soma é uma evidência para a razão, a presença do mar é uma evidência para os sentimentos. Nada é estanque na natureza, por isso não é só o delicado equilíbrio entre os sais de sódio e de potássio que se altera radicalmente, modificando a composição do corpo, dos ossos, do sangue, é também a alma que fica salgada, ondulada, habitada por tubarões, algas, sargos, polvos, ostras e cachalotes. Julgo que aquele homem saiu dali com a certeza de que era, tal como todos os homens o são, um náufrago.” 
― Afonso Cruz, Mar 

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Um livro com sementes que depois de lido planta-se (ver vídeo)

A incorporação de sementes em objetos do dia-a-dia é cada vez mais comum, com o objetivo de aumentar o seu valor e chamar a atenção para a conservação da natureza e da floresta. Com estes conceitos em mente, a editora de livros infantis Pequeño Editor criou o primeiro livro com sementes que pode ser plantado depois de lido.
 Fonte: Noctula, 2015
Na produção de papel e livros são precisas muitas árvores e muitos litros de água são gastos. Com o objetivo de incentivar a sustentabilidade e desenvolver a consciência ambiental, a editora argentina de livros infantis Pequeño Editor publicou um “livro árvore”, em parceira com a agência de publicidade FCB Buenos Aires.

Os exemplares do livro “Mi papá estuvo en la selva“, ou seja, “O meu papá estava na selva” foram feitos a partir de tintas ecológicas e papel reciclado. Os livros possuem sementes de jacarandá, uma árvore em vias extinção, principalmente na Argentina, incorporadas no papel.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Eu acho que não há inteligência sem coração

"Eu acho que não há inteligência sem coração. A inteligência é um dom, é-nos concedida, mas o coração tem que a suportar humildemente, senão é perfeitamente votado às trevas."~ Agustina Bessa-Luís.

Fotografia por Julian Oncente

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Há uma côr, por Mário Quintana



"Há uma cor que não vem nos dicionários. É essa indefinível cor que têm todos os retratos, os figurinos da última estação, a voz das velhas damas, os primeiros sapatos, certas tabuletas, certas ruazinhas laterais: a cor do tempo…" 
Mário Quintana

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Gustave Flaubert - homenagem com pequeno video de animação

GUSTAVE FLAUBERT - "Madame Bovery". Flaubert, um dos mais notáveis escritores franceses do século XIX, faleceu a 08 de Maio, de 1880. Nasceu em 1821.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Materiais sobre o Acordo Ortográfico

1.Sítio oficial: Portal da Língua Portuguesa




Com os seguintes Destaques sobre o Acordo Ortográfico:
Lince – Conversor ortográfico
Vocabulário Ortográfico do Português (VOP)
Vocabulário de Mudança
Acordos ortográficos e outra legislação
Apresentação das mudanças

2. Guia de E-Livros sobre o Acordo Ortográfico


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Esta SuperBiblioteca de Ebooks (legais e gratuitos!) sobre o novo Acordo Ortográfico inclui 6 temas:
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  • Guias e Manuais: 5 ficheiros
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Sobre a SuperBiblioteca 'Portugal'
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  • os ebooks são de editoras e organismos oficiais credenciados
  • os ebooks foram obtidos nos sites oficiais
  • os ebooks são as versões originais - não foram editados/alterados
  • se um ebook foi revisto/atualizado, é incluída só a edição mais recente 
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Sobre os ficheiros extra - 'printscreens' - incluídos na SuperBiblioteca:
  • ficheiros de Powerpoint são fornecidos em versões PDF
  • aplicações interativas em Flash são fornecidas em versões PDF
Fonte: Ebooks Acordo